sexta-feira, 15 de abril de 2011

I'm out


Finalmente consegui me livrar das barreiras
eu consegui dizer não
mas por quanto tempo?
sinto estar saindo daqui
só não sei se estou voltando
ou se estou indo
mas nesse meio turbulento não estou mais

terça-feira, 12 de abril de 2011

Mal interpretação

Devo matar a velha senhora? - perguntou o tédio; Não!- gritou a comodidade espantada - ao menos que você queira meter suas fuças no meu trabalho.
E o que eu faço com esse belo jovem?- perguntou o abandono - já não entendo mais qual o nosso objetivo nisso tudo.
Nosso objetivo é simples, seguir a rotina que o patrão nos deu: as pessoas devem ser pegas pela paixão, sofrer com o abandono, apaixonar-se novamente e cair nas garras da comodidade e do tédio, até que a morte os separem. Básicamente devemos fazer todo o trabalho sujo, para que o chefe saia como o bonzinho da história , como se tudo isso não fosse culpa dele afinal -disse a revolta.
É isso mesmo que devem fazer, revolta, e caso eles pensem que podem continuar vivendo sozinhos, é seu trabalho cutuca-los, mas ultimamente venho pensando: talvez você devesse tirar umas férias, a solidão vem se mostrando muito útil e acho que ela pode usufruir muito bem do seu cargo aqui.
Já chega- disse a revolta- colocar essa coisa mórbida no meu lugar? eu cansei , isso não é pra mim!
Então a revolta juntou seus pertences e foi pedir auxílio num único lugar que lhe restava: a razão, grande concorrência de seu antigo patrão.

domingo, 3 de abril de 2011

Sem cores

Eu passei muito tempo prestando muita atenção só naquilo que me fazia
sentir me vivo por pouco tempo
não dei bola para aquilo que realmente faz com que eu me sinta vivo todos os dias de minha vida.
mas agora eu quero muito mais
eu não sei se ainda quero você, mas eu sei que quero alguém
eu tinha minhas incertezas com relação ao amor
e agora que descobri como é amar
eu não vejo ninguém a minha volta
as pessoas que estão aqui estão opacas
será que você levou todas as cores junto com a sua partida?
por não ter prestado atenção, vivo num vazio alheio que me corrói
sem ter porque